10/09/2010

Agências e autoridades portuguesas desnorteadas.

Uma idosa de 96 anos viu a sua casa ser invadida por uma unidade do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP quando estes efectuavam uma rusga para encontrar um traficante de droga e se enganaram na residência.

ASAE em plena acção, fiscalizando os alimentos 
que uma família levava para um piquenique.
Este desnorte do GOE é apenas mais um a juntar-se aos vários casos registados nos últimos tempos pelas diversas agências e forças de segurança portuguesas. Há cerca de uma semana, por engano, uma patrulha da Unidade Nacional de Trânsito mandou parar o comboio da Linha de Sintra, numa alegada operação stop, tendo autuado o maquinista por este não trazer o cinto colocado, de nada valendo os esclarecimentos do funcionário da CP que tentou explicar que o comboio não tem cinto, acabando por ser levado para o posto por “desobediência e insulto à inteligência da autoridade”, segundo o relatório da operação. Dias antes, a Polícia Marítima também multou uma turma de crianças do 1º Ciclo, que se encontravam num ATL na praia de S. João da Caparica, por “construção ilegal na orla costeira”. Segundo fonte da Polícia Marítima, “os meliantes em questão não tinham na sua posse qualquer autorização camarária ou licença de construção” para os castelos de areia que estavam a erigir junto à água. Também o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras parece ter sido afectado por esta febre. Na passada quarta-feira, uma equipa do SEF deslocou-se ao Jardim Zoológico de Lisboa e ordenou a deportação de três tigres siberianos para a Rússia e duas tartarugas para as Ilhas Galápagos, por se encontrarem em situação ilegal no país, além de terem detido um casal de orcas por alegadas suspeitas de lenocínio de um grupo de jovens golfinhos.

O caso mais recente tem a ASAE como protagonista. Dona Guadência foi abordada por dois inspectores na sua cozinha quando estava a preparar o almoço. Segundo a idosa, “eles apareceram do nada, nem vi de onde saíram. Depois puseram-se a inspeccionar os tachos e no fim passaram-me uns papéis para a mão e foram embora”. Após consultar os documentos descobriu que tinha sido multada em 1500 euros após “utilização indevida de pezinhos de coentrada nos escalopes de bacalhau.”

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