12/10/2010

Um bocadinho de bolor não mata

Numa época em que palavras como "crise", "recessão" e "foda-se" andam na boca dos portugueses, a atenção que deitamos aos prazos de validade dos produtos alimentares que compramos ganha, subitamente, renovada importância. Porque a vida está cara e grande parte do orçamento das famílias vai para a alimentação e ninguém quer deitar fora comida. Contudo, segundo dois investigadores citados num artigo do JN, nem sempre o consumo de alimentos cujo prazo expirou tem implicações nefastas para a saúde.

De acordo com os especialistas, a indicação "Consumir até..." é aquela a que se deve dar mais atenção, pois é utilizada em "produtos que se estragam rapidamente". Após ultrapassar a data indicada deve evitar-se o consumo do mesmo pois existe perigo de intoxicação alimentar. Já os produtos onde se pode ler "consumir de preferência antes de..." não apresentam efeitos tão perigosos como os descritos anteriormente porque "podem ser consumidos após o prazo sem risco de intoxicação alimentar, mas a empresa já não garante que estejam em condições normais". O artigo dá mesmo um exemplo elucidativo: "Se calhar, o sabor já não é tão bom. Se calhar, já tem um bocadinho de ranço. Mas não faz mal."

A torrada "especial" d'O Passarinho
Está assim explicada aquela textura branca que cobre algumas partes das sandes de leitão da taberna "O Passarinho" e que os clientes da casa apelidam de "o segredo". É um bocadinho de bolor. Mas não faz mal.

Nota: Após a leitura deste artigo, o editor-chefe vomitou profusamente a sua secretária, enquanto vociferava, no intervalo dos vómitos, obviamente, expressões indecorosas ao senhor Tó Águias , proprietário do snack-bar "O Passarinho" e à sua falecida mãe.  

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