19/09/2010

E-drugs portuguesas mais nefastas

O fenómeno das e-drugs (ou drogas digitais sonoras como também são conhecidas) já surgiu há mais tempo do que se pensa. Apesar de só agora começarem a ganhar popularidade entre os jovens portugueses, atraídos pelo facto de as ditas drogas proporcionarem efeitos similares aos das convencionais, a verdade é que "há já alguns anos que este tipo de estupefaciente foi identificado em Portugal", afiança Rogério Passarinho, especialista do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT). 

Um dos álbuns mais "consumidos" 
mas também mais nefastos da e-drugs lusas.
As e-drugs podem ser facilmente descarregadas da internet e, segundo quem já experimentou, conseguem proporcionar efeitos como euforia, transe ou relaxamento. Mas isto "se forem e-drugs produzidas lá fora", revela o especialista do IDT. "No último ano temos vindo a sinalizar diversos casos de e-drugs made in Portugal e estas têm efeitos bem mais nefastos", afirma. Insónias, enjoos, vómitos, tendências suicidas e uma compulsão para adquirir jeans deslavados e rotos são alguns dos efeitos do consumo destas e-drugs portuguesas. 

Instado a apontar alguns exemplos destas drogas digitais sonoras, Passarinho apontou pelo menos dois tipos, "Há um tipo mais fraco, mas que está a perder força e que é basicamente tudo o que era disco dos Anjos e D'Arrasar. Mas nos últimos tempos, têm aumentado os casos provocados pela audição dos álbuns do Mickael Carreira. Esta é a que nos está a preocupar mais, até porque a classificamos na categoria das drogas duras", adianta o técnico do IDT.

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